sábado, 1 de setembro de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012


CAXIAS DO SUL - 19.08.2012
FOGO SIMBÓLICO É ACESO
  O Fogo Simbólico da Pátria foi aceso na manhã de domingo, na Praça Dante Alighieri em Caxias do Sul.

  A cerimônia marcou o início das comemorações da Semana da Pátria no Rio Grande do Sul e contou com a presença do prefeito José Ivo Sartori (PMDB), do Exército e de outras autoridades.

 Essa será a primeira vez que o Fogo Simbólico partirá de Caxias do Sul. Nos próximos dias, a chama percorrerá o Estado na chamada Corrida de Revezamento do Fogo Simbólico da Pátria, promovida pela Liga de Defesa Nacional.

 O Desfile da Pátria no Rio Grande do Sul, deste ano, terá dois temas: Barão do Rio Branco (nacional) e Guido Fernando Mondin (estadual e municipal). Mondin nasceu em Porto Alegre, em 1912. Foi senador, deputado estadual e federal, vice-prefeito de Caxias e ministro do Tribunal de Contas da União. O homenageado morreu em 2000. Além da atividade política e comunitária, é considerado um dos maiores pintores do Rio grande do Sul. São mais de três mil telas espalhadas pelo Brasil e mundo. 
 Otávio Rocha,  em Flores da Cunha.  possui ampliada a obra - Via-Sacra de Guido Mondin, fato que foi até destacado pelo Prefeito Ivo Sartori e se constitui na maior obra artística do homenageado na região. Representando Flores da Cunha, compareceu o Secretário de Turismo, Floriano Molon, uma vez que é ainda autor do livro "A Via-Sacra de Guido Mondin".
        Foto de FMOLON - Ato de acendimento do fogo simbólico em Caxias do Sul. 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012


RIO GRANDE DO SUL

Conhecidos os homenageados da Semana da Pátria 2012. 

Os preparativos para as comemorações da Semana da Pátria já iniciaram. A Liga de Defesa Nacional do Rio Grande do Sul divulgou os homenageados da edição 2012 do evento. A personalidade a ser  homenageada nacionalmente será José Maria da Silva Paranhos Júnior, primeiro e único Barão do Rio Branco, e, como homenageado estadual, Guido Fernando Mondin. O acendimento e início da 75ª Corrida do Fogo Simbólico da Pátria será no dia 19 de agosto, em Caxias do Sul, terra que muito representou para Guido Fernando Mondin, tendo sido vice-prefeito.

Homenageado a nível nacional
José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco foi diplomata, geógrafo, historiador, ministro de estado e imortal da Academia Brasileira de Letras. Homenageado pela passagem do centenário de sua morte.

Homenageado a nível estadual
Guido Mondin foi economista, empresário, deputado, senador, escritor, poeta, ministro de Tribunal de Contas da União, escoteiro, artista plástico e ex-presidente da Liga da Defesa Nacional. O homenageado completaria 100 anos no dia 6 de maio.
Cultura
Terça-feira, 19 de junho de 2012, 18h55

Arte

Revista lembra centenário de Guido Mondin, intelectual e político que,ao final da vida, virou pintor


Reprodução de Signo Taurus, uma das obras de Mondin.
CURITIBA – Em seu número 160, de abril último, a revista Insieme lembrou em matéria amplamente ilustrada o centenário de nascimento de Guido Mondin, ocorrido dia seis de maio. O décimo segundo aniversário de sua morte comemora-se amanhã, dia 20.06.2012. A matéria publicada tem o seguinte teor:
“Estaria completando exatos 100 anos de existência neste seis de maio se vivo ainda fosse. Guido Fernando Mondin (cujo 12º aniversário de morte é, também, em maio - 20 de 2000) deixou seu nome gravado na história da política e da literatura nacionais, mas foi na arte de pintar que mais se notabilizou, principalmente ao final de sua vida, depois de cumprir importantes funções públicas como a de Senador da República, tendo sido também deputado estadual e federal, além de vice-prefeito de Caxias do Sul-RS (por duas vezes assumiu a cadeira de titular) e Ministro do Tribunal de Contas da União.
Mais que político habilidoso, era um intelectual respeitado entre seus pares. Guido nasceu em Porto Alegre, neto dos imigrantes italianos Vincenzo Antonio (Ciano del Montelo, Treviso) e Maria Campagnola que, chegados ao Brasil com a família, aqui tiveram o filho Guido Cesare (08/10/1981) - o pai de Guido Fernando (06/05/1912, casado com Romana Ongaratto Mondin), irmão de Jolanda, Cesarina, Cesare e Maria. Guido era o terceiro, e dele, que casou com Vera Gentz, descendem os filhos Talita e Tito e os netos Flávia e Fábio.
Diplomado Contador e, depois, formado em Ciências Políticas e Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, já aos 15 anos iniciou sua militância política, participando de reuniões do Partido Libertador e, depois, filiado à Ação Integralista Brasileira. Em 1945, participou da fundação do Partido de Representação Popular e em 1948 era suplente de deputado estadual para conquistar, três anos depois, a titularidade de uma cadeira no mesmo Legislativo estadual. Com a extinção dos partidos, em 1966, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional, obtendo, no mesmo ano, seu segundo mandato como senador (o primeiro foi em 1958). Ao completar 70 anos, em 1982, aposentou-se e, já com residência fixa em Brasília, passou a dedicar-se inteiramente à literatura e às artes, principalente à pintura, e ao escotismo (foi presidente da União dos Escoteiros do Brasil).
Seus óleos sobre telas retratam invariavelmente cenas do cotidiano do povo gaúcho e alguns temas históricos, notadamente a Revolução Farroupilha. Sobre esse tema, doou à Assembléia Legislativa do RS uma série de obras que ali enriquecem suas galerias. Outro destaque em sua vasta obra pictórica é a Via Sacra. As 14 estações estão pintadas na Igreja São Geraldo, seu bairro em Porto Alegre, onde uma rua leva o nome de seu pai.
Sobre Guido Mondin, o “Jornal Tradição”, escreveu, uma semana após sua morte: “... durante sua vida deu exemplo da força de terra que emana dos campos pampeanos. Como o charrua, cavalgou liberto, a liberdade dos campos infinitos da querência verdejante. Descansou à sombra de figueiras. Bebeu leite de apojo na mangueira da vida. Na sombra das restingas da inspiração retratou a nossa terra de maneira única. Sua pintura cheira capim molhado de chuva. Minuano soprando. Vento de primavera. Calmaria de outono. Suor de pingo. Gadaria pastando. Bandeiras tricolor. Cargas de cavalaria em lances de guerra. Retrata o guasca abichornado oitavado num balcão de um bolicho de encruzilhada. No Rodeio dos Tempos é a história de nossa evolução sobressaindo imponente. É o Rio Grande puro, magestoso e belo que de seus pincéis nasce imortalizado da força férrea de amor do taura artista pela Capitania”.
A internet está repleta de informações sobre o artista a quem prestamos homenagem em seu centenário de nascimento. Um de seus fãs incondicionais é o leitor de Insieme e secretário de Turismo de Flores da Cunha, Floriano Molon (http://guidomondin.blogspot.com.br/ ). DP”.

sexta-feira, 11 de maio de 2012


CENTENÁRIO DE GRANDE PINTOR E GRANDE POLITICO.
                          Victor J. Faccioni
                           Já teria feito, cem anos, Guido Fernando Mondin, falecido em 20 de maio de 2000, pois nasceu em 06 de maio de 1912, em Porto Alegre. Centenário, de um grande homem público e de um grande pintor, que de certa forma continua vivo, em suas belas telas, de tão hábil mão e visão de pintor. Mas não seria somente o artista a nos motivar sua lembrança, como também o homem público, político de grande liderança, pelo que foi mais conhecido no Estado, desde Caxias do Sul e depois Senador e Presidente do Tribunal de Contas da União.
                          Em 1950, concorreu à Prefeitura de Caxias do Sul. Dessa campanha, tal o espírito extrovertido e hilariante de Mondin, que contam episódios. Um até parece lenda. Os antagonistas teriam programado um “enterro simbólico” da sua candidatura. Quando o cortejo fúnebre passava pelo centro, Mondin, de chapéu, capote de lã e manta, rosto quase coberto, se incorporou e chegou junto ao caixão que “levava seu corpo”. Em seguida, conseguiu substituir um dos que carregavam o “defunto” e, aí, desdobrou a manta, baixou a gola do capote, levantou um pouco o chapéu e acabou sendo identificado. Um dos participantes se assustou, e gritou: “Pessoal, o defunto ressuscitou, está vivo, carregando o próprio caixão”! O que provocou sobressalto nos participantes, que correram, ficando Mondin sozinho.
                         Não ganhou aquela eleição, o que não arrefeceu sua disposição. Em 1958 elegeu-se Senador, sendo reeleito, em 1966. Com o término do segundo mandato no Senado, em 1975, foi indicado Ministro do TCU, do qual foi Presidente em 1978. Mondin foi também atleta, líder classista, folclorista, escritor, poeta e Dirigente Nacional dos Escoteiros, quando com ele muito convivi, pois Presidi então a Secção Estadual RS, da Entidade dos Escoteiros, e também, no Congresso Nacional, quando ele era Senador e eu Deputado Federal.
                       A vida política não impediu o desenvolvimento do dote artístico de pintor, estilo neoclássico, que tanto o notabilizou. Suas telas estão espalhadas no Brasil e pelo mundo, inclusive na Casa Branca, em Washington. Também em Brasília, no Senado, e aqui, na Assembleia Legislativa do RS, no TCE-RS, retratando em cores mágicas a história do RS, nossa Serra, campos e paisagens, como tantos episódios da História e cultura gaúcha, ou revivendo figuras sacras, desde o “Cristo Banido”, à “Via Sacra”. O TCE-RS chegou a transformar a reprodução de uma de suas telas, “A Carga Farrapa”, numa honraria.
                 
                                                              Contabilista, economista e advogado.